Retardar a evolução do Alzheimer é sonho de muitos pacientes e familiares, isto porque a doença tem umas das características mais cruéis: a deterioração de memória. O problema traz sofrimento não só para quem possui a doença, mas a familiares e amigos uma vez que muitas lembranças da vida, pessoas, lugares vão sendo esquecidos.

Para reverter esta situação, a medicina tem travado várias batalhas para pesquisar, estudar, entender melhor a doença, seus processos de origem e evolução com a esperança de rever o quadro de retardamento e deterioração dos pacientes, especialmente aquelas que se encontram em quadro de grande evolução da doença.

Estes estudos mostraram finalmente sinais otimistas no fim de novembro. Uma pesquisa divulgada no último dia 29/11, publicada na revista científica New England Journal of Medicine, apontou, pela primeira vez, que o medicamento se mostrou capaz de desacelerar a destruição do cérebro provocada pelo avanço da doença de Alzheimer, especialmente quando o problema se encontra em estágio inicial.

De acordo com o Ministério da Saúde, a Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo. Ela instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. O Lecanemab é um anticorpo que ataca justamente a substância que se acumula no cérebro, a chamada beta-amiloide. Por isso, ele tem se mostrado tão importante.

Atualmente o tratamento para a doença é feito de forma a controlar os sintomas e dar alguma qualidade de vida ao paciente, mas nenhum destes medicamentos muda o fato que o Alzheimer irá continuar progredindo e danificando o cérebro.

O estudo com o Lecanemab, que está na fase 3, foi conduzido de 2019 a 2021e envolveu 1.795 adultos, com idades entre 50 e 90 anos. Os resultados apresentados não foram de um efeito milagroso e rapidamente reversível, mas que aparentemente o medicamento ajudou a retardar o declínio provado pela doença nas pessoas estudadas.

Mas de acordo com Dr. Lynn Kramer, diretor clínico da doença de Alzheimer e cérebro saúde em Eisai, em matéria publicada pela CNN Brasil “o lecanemabtem o potencial de fazer uma diferença clinicamente significativa para as pessoas que vivem nos estágios iniciais da doença de Alzheimer e suas famílias, retardando o declínio cognitivo e funcional”.

Atualmente o tratamento para a doença é feito de forma a controlar os sintomas e dar alguma qualidade de vida ao paciente, mas nenhum destes medicamentos muda o fato que o Alzheimer irá continuar progredindo e danificando o cérebro.

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