No último dia 15 de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma mudança de regras na hora de prescrever os medicamentos que são à base do Zolpidem.
A medicação é utilizada no controle da insônia e passará a ter a exigência de um receituário especial da cor azul, a partir do mês de agosto desse ano. Essa nova regulamentação garante um controle maior na hora da distribuição do medicamento, que até então, podia ser conseguido através da receita branca de duas vias.
A medida só não começou a valer imediatamente, porque os médicos precisam ter um novo receituário de cadastro junto à Anvisa. Por isso, foi estabelecido um período de 3 meses, como uma fase de adaptação para que os profissionais tenham tempo de fazer seus registros.
Em agosto, só será obtido o medicamento com a Notificação da Receita B, a popular “receita azul”. Esse receituário ficará retido após a compra.
Segundo a nova regra, o Zolpidem será vendido como um remédio de tarja preta, que é dedicada aos medicamentos com substâncias psicotrópicas controladas e que podem causar dependência. Essa adequação da embalagem e bula pelos fabricantes tem o prazo de até dezembro; hoje, o remédio, ainda é vendido como de tarja vermelha.
Por que ocorreu essa mudança?
Ainda que seja um medicamento usado para controlar os distúrbios do sono, o Zolpidem está ligado com casos de dependência quando é feito de forma prolongada.
Entre 2018 e 2022, a Anvisa relatou uma epidemia do medicamento com aumento de cerca de 67% das vendas.Tinham relatos de uso irregular e abusivo do fármaco.
Por isso, e pelo risco de dependência, o medicamento só deve ser usado em curtos períodos para tratar problemas de insônia pontuais.