A apneia do sono é um distúrbio comum marcado pela pausa e recomeço da respiração durante a noite. Os sintomas costumam ser muito incômodos para o paciente, sendo necessário buscar auxílio médico para diagnóstico e início do tratamento.

A doença é definida como a parada de respiração durante o sono por 10 segundos ou mais, atrapalhando bastante a noite de descanso da pessoa. O tipo mais comum de apneia do sono é a obstrutiva, quando o ar é impedido de entrar nos pulmões através das vias aéreas superiores mesmo com os esforços da pessoa para restabelecer a respiração.

Em sua maioria, tem maior incidência no sexo masculino, atingindo qualquer idade, mas sendo mais comum entre 40 e 50 anos de idade.

A obstrução das vias aéreas durante o sono diminui o oxigênio e aumenta o gás carbônico no organismo, e isso exige um grande esforço respiratório para reverter o quadro.

É importante dizer que o principal fator de risco para a síndrome é a obesidade. Cerca de 2/3 das pessoas com apneia do sono são obesas.

Tipos de apneia do sono  

Os dois principais tipos são:

•    Apneia obstrutiva do sono (AOS): ela é caracterizada por obstruções parciais ou completas da via área superior durante o sono.  
•    Apneia central do sono: é um transtorno raro encontrado em pacientes com insuficiência cardíaca grave e doenças neurológicas.

Sintomas

Sonolência excessiva durante o dia, sensação de sono não reparador, depressão, alterações de personalidade, prejuízo da atenção, aprendizado e memória.

Complicações da apneia do sono não tratada

A doença causa hipóxia intermitente (quedas na oxigenação sanguínea), sono fragmentado, além de provocar sintomas diurnos, como queda na atenção e qualidade de vida, além da sonolência excessiva.

A apneia do sono está associada ao aumento de risco cardiovascular.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através da polissonografia completa, exame que monitora múltiplos sinais fisiológicos durante a noite de sono, como: atividade elétrica cerebral (eletroencefalograma), movimento dos olhos (eletroculograma), atividade dos músculos (eletromiograma), frequência cardíaca, fluxo aéreo, esforço respiratório, oxigenação do sangue (oximetria), ronco e posição corpórea.

Tratamento

O tratamento padrão ouro é o uso de aparelho de pressão positiva contínua (CPAP), conectado de forma não invasiva através de máscara utilizada durante o sono.  Ele funciona como uma tala pneumática que pressuriza a região posterior da faringe, reduzindo ou eliminando o problema.

Com isso, é possível melhorar os sintomas associados à apneia obstrutiva do sono. Existem evidências crescentes de que também pode atenuar os efeitos cardiovasculares prejudiciais.

Para casos mais leves, há também o aparelho odontológico de avanço mandibular e possibilidade de tratamento com cirurgias faríngeas. Além disso, a perda de peso pode contribuir para o tratamento da apneia obstrutiva do sono.

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