Na última quinta-feira começou o mês do Setembro Amarelo. Falar sobre esta campanha é, na verdade, mais que abordar o tema suicídio, mas tocar em umconjunto de questões.
É fato que saúde mental ainda é um tabu para muitas pessoas que sofrem em silêncio, por isso a importância da informação para que a busca por ajuda psicológica receba tanta atenção como qualquer outro aspecto da saúde humana.
Para se ter ideia da dimensão do problema, aOrganização Mundial de Saúde (OMS), afirma que no mundo todo, a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio. Ainda de acordo com a organização, o suicídio é uma das principais causas de mortalidade, sendo entre jovens de 15 a 29 anos a segunda principal causa de morte.
Este ano, no Brasil, em um estudo inédito realizado pela Fiocruz constatou-se que apesar da diminuição geral (13%) na taxa de suicídios no país no período da primeira onda de Covid-19, houve um excesso substancial de suicídios em diferentes faixas etárias e sexos das regiões Norte e Nordeste do país.
O suicídio, é importante destacar, não é exatamente aquilo que as pessoas gostam de repetir: “desistiu de lutar”. Outros abordam por um viés religioso afirmando que a pessoa “estava endemoniada” ou “sem Deus no coração”, mas a verdade é que uma questão muito mais complexa que isso. O tema está associado a vários problemas, especialmente estresse, depressão, bullying, uso descontrolado de substâncias, assédio de outras naturezas. Problemas assim geram abalos mentais profundos que precisam de auxílio de psicólogos e psiquiátricos para que uma pessoa possa viver uma vida mentalmente saudável.
Em busca deste auxílio, a estudante GabryellyVitória, de 17 anos, chegou a pedir para a mãe para começar consultar um psicólogo. “Passei a frequentar o psicólogo, pois estava tendo diversas crises de ansiedade e com alguns sintomas de depressão, tinha muitas crises fortes, em uma delas fui parar na UTI. Foi a gota d’água. Frequentar um profissional da área é de suma importância pois ele te ajuda a resolver seus problemas, você começa a se sentir melhor por ver melhorias em si mesmo. Sente até mais confiança em fazer coisas que antigamente não fazia”, explica.
A Campanha Setembro Amarelo se concretiza no calendário com cada vez mais importância, pois ela fala sobre o assunto de forma aberta, de maneira informativa, enfrentando este tabu da sociedade. Um dos principais pontos, inclusive, é ensinar às pessoas a identificar alguém que precisa de ajuda.Por exemplo, as primeiras mudanças perceptíveisem pessoas com algum tipo de transtornos seriam o desinteresse por coisas que se gostava anteriormente ou apresentam sentimentos de desesperança, solidão, apatia, e falta de significado na vida.
A Unifisio está preparada para realizar atendimento psicológico. Inclusive contamos com a modalidade home care, que em alguns casos é mais bemrecomendado. “No caso do home care, outro benefício, é que ele [paciente] estará em casa, em um local onde ele se sente seguro, se sente acolhido. Então até para formar o vínculo entre o paciente e o profissional, nesta modalidade, o processo é mais rápido, porque o psicólogo entra no mundo dele”, explica a psicóloga, Kamyla Portela.
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