De acordo com dados da pesquisa Vigitel Brasil 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), no Brasil, 10,2% da população tem diabetes.
O Brasil é o quinto país com maior incidência de diabetes no mundo, com cerca de 16,8 milhões de diabéticos adultos entre 20 a 79 anos, mas a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) aponta que nosso país pode subir para a quarta posição neste ranking.
Aproximadamente 90% dos diabéticos brasileiros são do tipo 2, que ocorre quando o corpo tem resistência aos efeitos da insulina e pode ter causas relacionadas aos hábitos de vida e hereditariedade.
Dia Mundial de Diabetes
Mundialmente, a doença afeta 537 milhões de pessoas. Para alertar e chamar atenção da população e profissionais de saúde sobre a importância do diagnóstico e controle da doença, a (OMS), Organização Mundial de Saúde, celebra o Dia Mundial do Diabetes nesse 14 de novembro. Além disso, a data homenageia o aniversário do cientista Frederick Banting que, com Charles Best, descobriu a insulina como um tratamento para diabetes em 1921.
É preciso ter em mente que o paciente necessita do tratamento de qualidade. Por ser uma doença crônica, ele torna-se caro já que envolve monitoramento glicêmico, compra de medicamentos, acesso a profissionais de saúde, realização de atividade física, entre outros fatores.
Cada paciente tem direito ao acesso dos medicamentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), como a fita e o aparelho de medir a glicose, a caneta de insulina e as agulhas apropriadas para aplicação.
Diagnóstico
O primeiro passo para cuidar bem da doença é o diagnóstico precoce. É preciso estar atento a alguns sinais, como: cintura abdominal aumentada, pessoas com parentes com diabetes, gestantes que já tiveram crianças com mais de quatro quilos, são indícios que chamam atenção.
Tipos
Trata-se de uma doença crônica em que há a produção ineficiente ou resistência à ação da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue e fornecer energia ao corpo humano.
A diabetes tipo 1 acontece por conta da destruição autoimune das células do pâncreas produtoras de insulina. O diagnóstico, em sua maioria, acontece na infância ou adolescência.
No tipo 2, a alta concentração de glicose no sangue, ocorre pela resistência do corpo aos efeitos da insulina e está relacionado ao estilo de vida, como sedentarismo e obesidade. Este tipo de diabetes pode ser influenciado pela hereditariedade.
O diabetes gestacional ocorre durante a gestação pelo aumento da resistência à insulina, causada pelos hormônios gestacionais. É preciso realizar o rastreio entre a 24º e 28ª semana de gravidez.
Complicações
Cuidar da doença envolve controlar os níveis de glicose pela alimentação saudável, medicação ou uso da insulina. O controle inadequado da glicemia resulta em várias complicações que costumam piorar a qualidade de vida. Entre as complicações estão:
-Afetam os olhos, provocando a retinopatia diabética e até a cegueira;
-Os rins são afetados levando o paciente à insuficiência renal crônica, com a necessidade de realização de diálise;
-Neuropatia periférica que atinge os nervos de extremidade, como os pés e mãos;
-Doenças cardiovasculares, como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
No caso da diabetes gestacional, os bebês podem ter complicações, como hipoglicemia (glicose baixa) neonatal, crianças nascidas muito grandes, partos prematuros, deficiência de ferro, entre outras.
SUS
Do total de brasileiros diabéticos no Brasil, 6,5 milhões fazem uso de insulina no tratamento para a doença.
Segundo o Ministério da Saúde, seis medicamentos são oferecidos pelo SUS de maneira gratuita: as insulinas humanas NPH e insulina humana regular, além dos medicamentos que ajudam a controlar a glicose no sangue: Glibenclamida, Metformida e Glicazida.
A distribuição de medicamentos gratuitos ocorre pelo programa Aqui Tem Farmácia Popular, parceria do Ministério da Saúde com mais de 34 mil farmácias privadas em todo o país.
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