Colesterol: entenda a importância de mantê-lo sob controle

O colesterol é responsável por manter funções vitais, como a produção de hormônios e vitaminas. Ele é um conjunto de gorduras essenciais para nosso organismo produzido naturalmente, mas que também pode ser ingerido por alimentos ricos em gorduras.

Myocardial infarction as a person suffering from a heart attack due to clogged coronary artery as a cardiology distress symbol with 3D illustration elements.

Há o LDL, conhecido como colesterol “ruim”, e o HDL, conhecido como colesterol “bom”. O LDL, quando está em excesso no organismo, pode formar placas de gordura com alto risco de obstrução e prejudicam o fluxo sanguíneo. Já o HDL auxilia na remoção do colesterol das artérias.

Ter o controle e manter os níveis de colesterol, sempre dentro dos parâmetros saudáveis, é fundamental para diminuir o risco de doenças cardiovasculares. Os níveis elevados de HDL estão relacionados com um menor risco cardiovascular, já os altos níveis de LDL contribuem para um maior risco de doenças graves, como cirrose hepática, acidente vascular encefálico e infarto do miocárdio.

É importante realizar exames de sangue regularmente para ter o controle dos níveis de colesterol. A dosagem do colesterol é uma checagem simples que pode ser feito a partir dos exames de rotina. Quando os exames estão prontos, é necessário consultar com o cardiologista para avaliar o risco cardiovascular da pessoa e firmar uma meta adequada.

Adotar um estilo de vida saudável é fundamental para manter o colesterol sob controle. Práticas como atividade física regular, alimentação rica em frutas e legumes, e a redução de alimentos processados são essenciais. É importante também controlar doenças como obesidade, hipertensão e diabetes.

Ostomia: saiba mais sobre o procedimento

O procedimento cirúrgico de ostomia possibilita um novo caminho para eliminar urina, fezes, assim como para possibilitar a respiração ou alimentação. Ele é necessário em situações causadas por doenças crônico-degenerativas, como doença de Crohn, câncer, traumas abdominoperineais, entre outras. É válido ressaltar que, as ostomias podem ocorrer nas diversas faixas etárias.

Há diferentes tipos de estomia, variando conforme o órgão ou víscera envolvida:

-Colostomia (cólon);

-Ileostomia (íleo);

-Gastrostomia (estômago);

-Nefrostomia (rim);

-Ureterostomia (ureter);

-Vesicostomia (bexiga);

-Cistostomia (bexiga com uso de cateter);

-Traqueostomia (traqueia);

Os procedimentos de ostomia podem ser temporários ou definitivos, a depender das condições de saúde de cada paciente. A ostomia traz uma grande mudança na vida do indivíduo, mas é importante ressaltar que os cuidados adequados precisam ser adotados para que seja possível uma maior autonomia do paciente.

Cuidados para os pacientes com a Ostomia

 -Higiene com o estoma: deixá-lo sempre limpo é fundamental para prevenir infecções;

-Uso adequado das bolsas de ostomia: usar o modelo apropriado garante a segurança e bem-estar do paciente;

-Manter as consultas em dia: esse hábito é importante para ajustar os cuidados diários, além de controlar possíveis complicações durante o tratamento;

-Cuidado com a saúde mental: o procedimento costuma impactar emocionalmente o paciente. São necessários o acolhimento familiar e o suporte psicológico.

HPV: saiba mais sobre o vírus e entenda como se proteger

O HPV – papilomavírus humano – pode afetar as mucosas do corpo e a pele. Trata-se da IST (Infecção sexualmente transmissível) mais recorrente no mundo.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), cerca de 100 subtipos de HPV são catalogados e conhecidos. Com o tratamento, a maioria deles não provoca problemas tão graves e passam a se enfraquecer com o tempo. Mas existem tipos específicos que podem agravar para quadros de câncer.

Pacientes com tumores no colo do útero, muitas vezes, possuem a condição como consequência da contaminação por HPV. O vírus também é considerado um fator de risco para alguns tipos de câncer, como vagina, garganta, boca e pênis.

Entenda as causas

A transmissão acontece por meio do contato direto com uma pessoa contaminada. É possível pegar a doença através das seguintes formas:

Sexo

O contato sexual, seja vaginal, oral ou anal pode transmitir o vírus para uma pessoa saudável. A contaminação pode acontecer ainda que a pessoa não manifeste sintomas visíveis da doença, por isso, o uso de preservativo é essencial.

Parto

Quando a mulher já tem o vírus no seu organismo, a possibilidade dele se manifestar durante a gestação é alta. É possível que haja risco elevado da transmissão para o bebê durante o parto normal.

Compartilhamento de objetos

Ainda que seja incomum, há a possibilidade do HPV ser transmitido de maneira indireta através do compartilhamento de objetos com pessoas contaminadas. O vírus pode ser observado nas superfícies encontradas em espaços de muita umidade, como banheiros e academias.

Sintomas

As primeiras manifestações da doença costumam surgir de dois a oito meses depois que a pessoa foi contaminada. Os sintomas aparecem em verrugas nos tecidos mucosos, como céu da boca, língua, garganta, vulva, ânus e colo do útero. Pode haver ainda ardência, coceira e até sangramentos.

Diagnóstico e Tratamento

As principais formas de diagnóstico são através do exame clínico, papanicolau, teste de HPV, biópsia, colposcopia e vulvoscopia.

Tratamento

Não é possível eliminar, por completo, o vírus HPV do corpo humano. O tratamento envolve aplicar técnicas para estimular o desaparecimento da ferida e combatam a propagação do vírus no organismo. Através de pomadas, cremes, ácidos, cirurgia, laser e crioterapia.

Prevenção

A vacina contra o HPV é a maior aliada na prevenção à doença. A imunização é segura e está disponível no setor público e particular. No Sistema Único de Saúde (SUS) podem se imunizar:

•             Crianças de 9 a 14 anos, independentemente do sexo e gênero;

•             Pessoas que convivem com o vírus do HIV;

•             Vítimas de abuso sexual;

•             Usuários da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP);

•             Pacientes de Papilomatose Respiratória Recorrente (PRR).

É importante ressaltar o sexo seguro. Usar preservativos masculinos ou femininos diminui a probabilidade do contato com mucosas infectadas.

Janeiro Branco: alerta para os cuidados com a saúde mental

O ano de 2025 começou e, com ele, o debate sobre a importância de estar atento (a) e cuidar da saúde mental. O Janeiro Branco vem alertar para os cuidados da mente junto com os problemas emocionais da população, atuando na prevenção de doenças advindas do estresse, como pânico, depressão e ansiedade.

É válido lembrar que, as doenças mentais podem ser causadas por uma série de fatores, como estresse, genética, traumas, uso e abuso de substâncias. Nesse sentido, entram o transtorno bipolar, esquizofrenia e depressão.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pessoa que é mentalmente saudável se sente em um estado de bem-estar onde consegue desempenhar suas habilidades, ter um trabalho produtivo, contribuir com sua comunidade e lidar com as inquietudes da vida.

Confira algumas dicas de como cuidar da saúde mental:

Tenha cautela com suas expectativas: criar metas que impliquem em mudanças de vida, rotina ou hábitos, sem o devido planejamento ou sem considerar as possibilidades reais e os recursos necessários, pode torná-las impossíveis de serem alcançadas;

Evite a autocobrança exagerada: se cobrar demais, dificulta o reconhecimento dos esforços e conquistas ao longo do ano. É preciso fazer o exercício da auto-observação no cotidiano e exercitar o auto-acolhimento.

Momentos de lazer: Fazer e adotar, no dia a dia, atividades que tragam motivação é fundamental para ter qualidade de vida. Praticar hobbies, atividade física e esportes propiciam bem-estar psíquico, além de ser uma importante estratégia para lidar com estresse. Ter bons hábitos alimentares também é essencial.

Sono: ter uma rotina de horário para deitar-se, evitar o uso de equipamentos eletrônicos pelo menos 1h antes de ir para a cama, realizar atividades relaxantes preparatórias para o sono e manter o ambiente propício para dormir (escuro, silencioso, etc.) são estratégias que devem ser consideradas.

Busque ajuda se necessário: o sofrimento emocional associado ou não a um transtorno mental, pode ser prevenido se as pessoas conhecerem estratégias para cuidar da saúde mental. Reconhecer a presença dele é o primeiro passo na busca por qualidade de vida, pois é a partir daí que os caminhos terapêuticos podem ser buscados para tratar os problemas emocionais.  

Lembre-se sempre de não se isolar quando estiver enfrentando problemas ou desafios. É importante reforçar seus laços familiares e de amizade, ficar sempre ao lado de quem nos faz bem.

Conheça os benefícios da fisioterapia no tratamento do Alzheimer

O Mal de Alzheimer é caracterizado pela perda de memória dificultando as tarefas mais simples do dia a dia, como realizar a higiene bucal e se alimentar. A doença afeta os idosos, mas pode aparecer de maneira precoce em adultos entre 30 e 50 anos de idade. O tratamento inclui remédios, exercícios fisioterápicos e alimentação adequada para fazer com que a doença retarde sua progressão.

Sendo assim, é importante incluir a fisioterapia no tratamento dos pacientes com Alzheimer. Ela deve ser feita de 2 a 3 vezes por semana entre os indivíduos que estão na fase inicial da doença com sintomas, como dificuldade para se equilibrar ou andar, isso ajuda a manter a autonomia do paciente por um período maior.

Já na fase avançada, em que a pessoa se encontra acamada, é necessário fazer fisioterapia todos os dias para evitar a atrofia muscular.

Benefícios fisioterápicos no Alzheimer

Os principais objetivos do tratamento fisioterápico para idosos com Alzheimer são:

-Ajudar a pessoa a movimentar-se com alguma autonomia, além de possibilitar a mobilidade para sentar-se ou andar;

-Prevenir o atrofiamento dos músculos que causa dor e dificultam tarefas cotidianas;

-Contribuir para a boa amplitude das articulações;

-Com a fisioterapia é possível evitar quedas que podem levar às fraturas ósseas;

-Diminuir dor nos ossos, tendões e músculos;

Exercícios para Alzheimer inicial

Assim que a pessoa descobre que está com a doença deve fazer exercícios aeróbicos, de coordenação, equilíbrio e força, como caminhada, corrida, natação, pilates e hidroginástica.

A caminhada ou andar de bicicleta, por no mínimo, 30 minutos diários, melhora a função respiratória e motora, além de proporcionar ganhos cognitivos. Vale pontuar que exercícios de fortalecimento muscular, como a musculação também são importantes.

Exercícios para Alzheimer intermediário

Os exercícios devem ser realizados por baixos períodos para evitar a exaustão do paciente:

-Andar no quintal;

-Colocar uma bola de plástico em cima da cabeça e trabalhar o equilíbrio;

-Treinar a escovação de dentes;

-Apertar os botões da blusa;

-Elevar os braços usando pesos de até 3kg;

-Fazer agachamentos estando encostado na parede;

Esses exercícios podem ser feitos com o fisioterapeuta e o cuidador, de acordo com a necessidade do paciente.

Exercícios para Alzheimer avançado

Nesse estágio, a pessoa costuma estar acamada e com dificuldades em equilibrar-se ainda que esteja sentada. O trabalho com o fisioterapeuta deve ser feito todos os dias, para prevenir a perda de massa muscular, além de evitar o atrofiamento muscular.

O fisioterapeuta precisa indicar exercícios simples de alongamento, fortalecimento, além de pedir sempre a colaboração do paciente. Técnicas, como mobilização, ultrassom, infravermelho e outros recursos também podem ser usados.

Bursite: entenda as causas da inflamação

A bursite é caracterizada pela inflamação das bursas, tecidos que ficam nas articulações do corpo humano e servem como amortecedores para reduzir o atrito entre músculos, tendões e ossos. Ela pode ser classificada entre dois tipos:

-Aguda: dura alguns dias e o paciente sente dor quando a área é tocada. A inflamação causa vermelhidão e aumento da temperatura local.

-Crônica: causa dor forte e inchaços intensos que dificultam a movimentação, além do enfraquecimento dos músculos. Esse tipo de bursite é provocado por vários episódios de bursite aguda, durando semanas ou meses.

Bursite no ombro 

O exagero de peso levantado ou atividades com muito esforço dos braços, na hora de esticá-los acima de cabeça, pode causar a bursite no ombro. A pessoa sente dor na frente ou lateral.

Bursite no quadril 

Esse tipo de bursite é comum entre os idosos. Ela aparece, geralmente, associada a problemas no quadril, como artrite. A dor tende a aparecer na lateral do quadril, indo até metade da coxa, podendo, em alguns casos, chegar no joelho. É comum queixas na hora de movimentar-se.

Bursite no joelho 

Sabia que a falta de alongamento antes dos exercícios pode causar bursite no joelho? Pois é. Além disso, excesso de peso e artrite favorecem a aparição do problema.

Causa da bursite

As causas do problema são variadas, confira as mais comuns:

-Fraqueza muscular; 

-Traumatismos; 

-Traumas causados por lesões repetitivas; 

-Doenças reumáticas; 

-Má postura; 

-Infecções; 

-Uso excessivo das articulações; 

-Artrite; 

-Gota (doença que provoca o depósito de cristais de ácido úrico nas articulações). 

Os sintomas comumente relatados para a bursite são: dor, inchaço, limitação de movimentos, vermelhidão e fraqueza.

Para realizar o diagnóstico é necessário fazer uma avaliação física e clínica com os resultados de exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética. O ortopedista é o médico responsável para avaliar e diagnosticar a bursite.

Tratamento para bursite 

As maneiras de tratar a bursite são a fisioterapia, uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos.  Além disso, o repouso e compressas geladas diminuem a sensação de desconforto causada pela inflamação.

Lembrando que, em casos mais graves, pode ser necessário realizar cirurgias.

Conheça os benefícios da musculação na terceira idade

A musculação é um tipo de exercício físico feito com levantamento de pesos com diversas cargas, sempre variando a amplitude do movimento e tempo de contração dos músculos.

Trata-se de uma modalidade democrática, que pode ser feita pela grande maioria das pessoas. Uma excelente opção para aumentar a longevidade, isto é, a expectativa de vida.

Musculação na terceira idade

A sarcopenia é uma doença que acomete o público idoso e causa a diminuição da massa muscular no corpo. Ela pode ocorrer devido às alterações fisiológicas e hormonais típicas do envelhecimento, sedentarismo e alimentação inadequada.

Para ter um envelhecimento saudável, o ideal é buscar ganhar massa magra desde a juventude. Se feita de maneira regular, a musculação auxilia no controle de várias doenças entre os idosos. Os benefícios da prática vão além da força e massa muscular aumentadas, mas também ajudam na motivação, confiança, melhorando o bem-estar e a saúde mental.

Benefícios da musculação entre idosos

Elencamos alguns benefícios em praticar a atividade. Veja!

-Diminuição do envelhecimento

Praticar exercícios de força e resistência melhoram o metabolismo, equilíbrio e ainda são capazes de reduzir sinais de envelhecimento no nível celular.

-Prevenção da atrofia muscular

O sedentarismo tem como maior consequência, a perda muscular relacionada com a idade. Exercícios de musculação costumam aumentar o tamanho das fibras musculares encolhidas.

-Ossos mais fortes

Treinamentos de força podem reverter os declínios da densidade óssea.

– Menos dor nas articulações

O treino de musculação feito de maneira correta é muito recomendado para pessoas que sofrem com artrite. A musculação ajuda a aliviar os sintomas, fortalece tendões, músculos e ligamentos próximos às articulações.

– Diminuição dos sintomas de doenças crônicas

Algumas doenças que podem ter seus sintomas amenizados com a prática são: artrite, diabetes tipo 2, osteoporose, doenças cardíacas, dor nas costas, entre outras.

-Peso saudável

Quem pratica musculação deixa seu metabolismo acelerado e queima calorias até mesmo quando está em repouso, o que favorece o emagrecimento do indivíduo! Entre as pessoas da terceira idade, isso é uma grande vantagem já que, quando o corpo tem um peso adequado, o coração precisa de menos esforço para fazer suas funções. Assim, a saúde cardiovascular melhora.

-Qualidade de vida

Fazer exercícios de pesos ajudam as pessoas idosas a viver com mais força e disposição nas tarefas diárias. Inclusive, é possível que o sono fique melhor, melhorando o humor de pessoas com grau leve ou moderado de depressão.

A Importância do Alongamento no Dia a Dia

O alongamento tem a capacidade de manter a flexibilidade, melhorar a postura e diminuir a tensão muscular. Ainda que seja muitas vezes negligenciado, ele desempenha um papel importante na saúde física das pessoas.

Não importa qual seja o seu perfil: trabalhador do comércio que passa longas horas em pé, atleta, funcionário público, trabalhador de escritório, inserir o alongamento no seu dia a dia traz inúmeros benefícios.

A prática nos deixa flexíveis, reduz a tensão dos músculos, além de melhorar a postura corporal. Sem falar que, ter uma rotina diária de alongamentos, previne lesões e deixa o ambiente de trabalho produtivo e repleto de bem-estar. Confira mais sobre esses benefícios:

Aumento da flexibilidade 

O alongamento aumenta a amplitude dos movimentos das articulações, facilitando as atividades diárias e prevenindo lesões. À medida que os músculos ficam mais flexíveis, o risco de distensões diminui bastante, principalmente, nas atividades físicas.

Diminuição do estresse
O alongamento favorece a liberação da tensão muscular, trazendo uma sensação de relaxamento.

Isso é bastante importante para pessoas que trabalham várias horas em frente ao computador, que acarreta muita tensão na região dos ombros e pescoço. Ter pausas de alongamento é excelente para manter o foco e qualidade de vida no trabalho.

Postura alinhada

O alongamento atua na correção dos desequilíbrios musculares e possibilita uma postura mais alinhada aos seus adeptos. Dessa forma, além de melhorar a aparência, é possível diminuir o risco de sofrer com dores nas costas e no pescoço.

Fluxo sanguíneo adequado

Realizar o alongamento com frequência estimula a circulação sanguínea, isto é, mais oxigênio e nutrientes são levados para as células, favorecendo a recuperação muscular e diminuindo a fadiga.

Conheça alimentos que ajudam a prevenir doenças do estômago

Doenças estomacais, como gastrite, azia e refluxo costumam ter como causa o alto teor de substâncias ácidas no estômago. Mas é preciso ter em mente que não apenas os alimentos ácidos podem ser responsáveis por essas doenças, mas também o tipo de alimentação adotado.

As pessoas podem melhorar a saúde fazendo o balanço entre o ácido e o alcalino na alimentação, incluindo legumes, frutas, carnes e menos alimentos processados.

Estudos mostram relação entre a saúde óssea e dieta de baixa acidez, enquanto alguns relatórios sugerem que a acidez da dieta aumenta o risco de diabetes e doenças cardíacas. Um pequeno estudo, publicado pela revista Anais de Otologia, Rinologia e Laringologia, descobriu que a restrição dietética de ácidos pode aliviar os sintomas de refluxos, assim como a tosse e a rouquidão em pacientes que não tinham sido ajudados pela terapia medicamentosa.

No estudo, 12 homens e 8 mulheres com sintomas de refluxo, que não haviam respondido à medicação, foram postos em dieta de baixa acidez, por duas semanas, tirando todos os alimentos e bebidas com pH menor que 5. Como resultado, 19 dos 20 pacientes melhoraram com a dieta de baixa acidez, e três ficaram totalmente assintomáticos.

A autora desse estudo, Jamie Koufman, especialista em distúrbios da voz e refluxo da laringe e faringe, acredita que medicamentos contra refluxo têm foco em neutralizar ou reduzir o ácido produzido no estômago, mas que o verdadeiro culpado, para muitos pacientes, é a pepsina, enzima digestiva que pode existir no esôfago. Nesses pacientes, não é suficiente acabar com o ácido dentro do estômago.

Ingerir alimentos de baixa acidez proporciona o reequilíbrio da dieta, quanto menos alimentos de alto teor ácido, melhor. Os alimentos processados são ácidos devido às regras industriais, que colocam como exigência a alta acidez como conservante. O aumento do consumo desses alimentos causa um aumento no câncer de esôfago, devido ao refluxo ácido crônico.  

A autora desse estudo, Jamie Koufman, tem várias recomendações na alimentação das pessoas que sofrem com os sintomas de refluxo.

Para aliviar a azia e sintomas de refluxo, a pessoa precisa ingerir, pelo menos, duas semanas, qualquer alimento com pH inferior a 5. Como as frutas mamão e banana, assim como brócolis e aveia.  

Alguns alimentos devem ser eliminados por outras razões, que não a acidez. Independentemente dos níveis de pH, alto teor de gordura de carnes, produtos lácteos, cafeína, chocolate, bebidas gasosas, frituras, álcool e balas agravam os sintomas de refluxo.

Outros alimentos, como alho, nozes, pepinos e pratos muito condimentados, também podem desencadear o refluxo.

Para as pessoas que não têm refluxo grave, Koufman sugere uma dieta de “manutenção”, com alimentos de pH não inferior a 4, que permite maçãs, framboesas e iogurte.

Gordura no fígado: entenda o que é a esteatose hepática

Há uma estimativa que, entre 25% e 30% dos adultos no mundo, tenham algum grau de gordura no fígado, doença chamada de esteatose hepática que está associada à disfunção metabólica.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Hepatologia, no Brasil, a doença atinge 20% da população geral. Quando são pacientes diabéticos avaliados no ultrassom, 70% deles sofrem com a esteatose.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) se preocupa com o aumento de casos de esteatose hepática, principalmente em países com altos índices de obesidade e diabetes, caracterizando uma epidemia global e silenciosa que já afeta populações mais jovens.

O fígado é a maior glândula do corpo e realiza diversas funções, como filtrar o sangue, eliminar toxinas, armazenar vitaminas e minerais, metabolizar hormônios e medicamentos. O excesso de gordura prejudica essas funções, causando inflamação e deixando o órgão suscetível a outros problemas: fibrose, cirrose e câncer.

O acúmulo de gordura pode ocorrer através da entrada excessiva de ácidos graxos provenientes da alimentação ou oxidação da gordura. Outra forma de produção maior de gordura no fígado, é a partir da glicose advinda da ingestão de carboidratos em excesso.

Grupos de risco

Pessoas com sobrepreso, diabetes tipo 2, hipertensão e alterações no colesterol e triglicérides estão mais propensas a sofrerem com a esteatose hepática. Além dessas condições, quem convive com a síndrome dos ovários policísticos, apneia do sono e hipotireoidismo também podem sofrer com o problema.

É necessário fazer exames de rotina, como o ultrassom abdominal que permite que seja feita uma avaliação do acúmulo de gordura no órgão. O diagnóstico precoce é fundamental, pois a esteatose geralmente não apresenta sintomas evidentes. Quando eles aparecem, incluem dor abdominal, fadiga extrema e perda de peso inexplicável.

Se identificada de maneira precoce, a esteatose pode ser revertida com medicamentos, mudanças na alimentação e nos hábitos de vida. O acompanhamento médico é fundamental, através dos exames e consultas regulares.

Estilo de vida

A forma que a pessoa leva a vida é o fator de risco mais comum para a doença. Consumir alimentos ultraprocessados, com muito açúcar e gordura saturada, combinado com o sedentarismo, são fatores determinantes para o aumento da gordura hepática.

Ingerir constantemente e de maneira exagerada bebidas alcoólicas também contribui para a esteatose hepática. O limite saudável para mulheres é de menos de 140 gramas de álcool por semana (9-10 taças de vinho ou 10-12 latas de cerveja). Já para os homens, menos de 210 gramas (14-17 taças de vinho ou 15-18 latas de cerveja).

É necessário adotar um estilo de vida saudável, fazer atividade física, controlar a ingestão de bebidas alcoólicas, fazer os exames de rotina e prestar atenção nos sinais do corpo. Além disso, gerenciar o estresse e buscar ajuda psicológica são medidas importantes, já que fatores emocionais acabam influenciando os hábitos alimentares.