Ter uma ferida é sempre um incômodo, por isso cuidados com higiene e medicamentos é muito importante para promover uma boa cicatrização. Este processo natural, no entanto, é complexo e envolve uma variedade de mecanismos fisiológicos. Embora muitas feridas possam cicatrizar sozinhas, outras podem exigir tratamentos adicionais para promover a cicatrização e prevenir complicações.
De maneira mais simples, lidar com feridas é necessariamente recorrer a curativos, ter uma alimentação saudável e utilizar pomadas e produtos cicatrizantes, segundo recomendação médica. Porém, nos últimos anos, dois tratamentos com grande potencial ganharam a atenção das pessoas, são eles: a ozonioterapia e a laserterapia.
No Brasil, a ozonioterapia surgiu por volta de 1980. Este ozônio medicinal, além de usado no tratamento de feridas e doenças específicas, como gengivite e periodontite, por exemplo, e tem seu uso também para tratar problemas dentários.
A terapia com ozônio envolve o uso de gás ozônio, que é uma forma de oxigênio que contém três átomos de oxigênio em vez de dois. Este gás é administrado na ferida de várias maneiras, incluindo como gás, líquido ou por injeção. Acredita-se que a terapia com ozônio funcione aumentando os níveis de oxigênio na ferida, promovendo a cicatrização e ajuda a eliminar bactérias e outros microorganismos nocivos.
Embora não haja estudos profundos sobre as demonstrações que a terapia com ozônio pode ser eficaz na promoção da cicatrização de feridas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, em julho do ano passado, uma nota técnica sobre a tecnologia de ozonioterapia utilizada em dispositivos médicos. Na publicação, a Agência lista as indicações aprovadas, até o momento, para equipamentos médicos. São elas:
- Dentística: tratamento da cárie dental – ação antimicrobiana;
- Periodontia: prevenção e tratamento dos quadros inflamatórios/infecciosos;
- Endodontia: potencialização da fase de sanificação do sistema de canais radiculares;
- Cirurgia odontológica: auxílio no processo de reparação tecidual;
- Estética: auxílio à limpeza e assepsia de pele;
É importante destacar que a ozonioterapia não é isenta de riscos e deve ser administrada apenas por um profissional de saúde qualificado.
Já a terapia a laser, por outro lado, envolve o uso de luz focada para promover a cicatrização da ferida. O laser é usado para estimular células na ferida, o que pode ajudar a acelerar o processo de cicatrização.
A terapia a laser pode ser usada para tratar uma variedade de feridas, incluindo queimaduras, incisões cirúrgicas, feridas crônicas, além de ajudar a diminuir processo inflamatório, dores articulares e até musculares.
Em 2014, em um estudo pioneiro do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) cientistas conseguiram mapear, pela primeira vez, a ação terapêutica do laser e descobriu que ele age bloqueando a troca de sinais elétricos entre os neurônios.
Pesquisas mais recentes também mostram que a terapia a laser pode ser um tratamento eficaz para a cicatrização de feridas. Em particular, demonstrou ser útil na redução da dor e da inflamação, além de melhorar o processo geral de cicatrização. No entanto, como na terapia com ozônio, a terapia a laser deve ser administrada apenas por um profissional de saúde qualificado.
Veja abaixo algumas das indicações para este tipo de tratamento:
- Úlceras por pressão;
- Pós-operatórios;
- Distúrbio de dor muscular crônica;
- Dores articulares e musculares (agudas e crônicas);
- Feridas;
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