De acordo com um novo consenso entre especialistas europeus, há um novo conceito sobre o que é considerado como hipertensão arterial. Médicos na Europa estão considerando a pressão 12 por 8 como alta.

A doença é influenciada pela genética, mas o consumo excessivo de sal, má alimentação e sedentarismo possuem um impacto alto para um paciente ser ou não hipertenso.

Veja, a seguir, alguns fatores de risco para desenvolver a hipertensão arterial.

– Genética

Pessoas com pelo menos um caso na família tem chance aumentada de desenvolver a doença. Geralmente, um conjunto de genes pode estar alterado e interagem com fatores externos, como por exemplo, a alimentação.

Por isso, quem tem pré-disposição genética para o problema precisa se atentar ao estilo de vida, ter uma alimentação equilibrada, controlar o estresse e praticar exercício físico.

– Sal em excesso

Estudos científicos demonstram que a pressão arterial nas pessoas que comem muito sal é até seis vezes maior do que nas pessoas que ingeriram o recomendado.

Para se ter uma ideia, o brasileiro consome, em média, 9,3 gramas por dia, muito mais do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), 5 gramas diárias.

O recomendado é diminuir na dose do sal de cozinha colocado na comida. Ler rótulos de produtos industrializados para ver a quantidade de sódio no produto é outra dica importante.

– Sedentarismo e má alimentação

O sódio aparece bastante nos alimentos ultraprocessados, como os biscoitos recheados, salgadinhos de pacotes e refrigerantes.

Substituir alimentos naturais pelos ultraprocessados podem levar ao sobrepeso e obesidade, problema que pode se agravar com a falta de exercício físico. O aumento de peso pode causar hipertensão e demais doenças crônicas, como a diabetes.

Segundo o Ministério da Saúde, 6,7 milhões de pessoas no Brasil sofrem com a obesidade.

– Cenário socioeconômico

As condições socioeconômicas de um país são consideradas como um fator relevante para a pressão alta, já que diminui o acesso ao diagnóstico e tratamento corretos, ainda que a doença seja fácil de diagnosticar e com remédios de baixo custo.  

Famílias com menor poder de compra costumam consumir mais alimentos prontos e ultraprocessados.

No Brasil, pacientes podem medir a pressão e ter acesso aos medicamentos no SUS. Na Farmácia Popular, 10 remédios para hipertensão são distribuídos de forma gratuita.

– Idade

A idade avançada aumenta as chances de ter hipertensão arterial. 60% das pessoas com 60 anos ou mais sofrem com o problema.

Não diagnosticar e não tratar a hipertensão leva a complicações. Com o envelhecimento, ocorre um endurecimento das artérias. Esse endurecimento cria mais resistência ao batimento do coração e à pressão máxima.

Maneiras de prevenir a hipertensão

Alimentação saudável: Uma alimentação com frutas, verduras, cereais, legumes e derivados, com pouco sal e gordura. Além disso, um menor consumo de carnes vermelhas e processadas, sódio e bebidas açucaradas.

Exercício físico: A atividade física ajuda a reduzir a pressão arterial, segundo a ciência. A OMS recomenda a prática moderada de 150 minutos por semana ou 75 minutos por semana de um treino mais intenso.

Cigarro e bebidas alcoólicas: Eles não fazem bem para a saúde e interferem na pressão arterial.

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