Você sabia que, tanto dormir pouco quanto dormir muito, prejudicam as funções cognitivas, como memória, fluência verbal e cognição global? Pois é. 

O ritmo mais acelerado da sociedade atual implica em mudanças comportamentais que afetam o sono. Avanços tecnológicos, globalização e mudanças culturais são possíveis causas de toda essa aceleração social. As pessoas passam a adotar estilos de vida mais agitados, repleto de atividades de trabalho maiores, além da necessidade de estar sempre conectado.  

As características acima citadas geram dificuldades na hora de se desligar ou relaxar, afetando o sono. Por isso, na população adulta, é cada vez mais comum queixas nas alterações do sono, como insônia. 

O sono beneficia habilidades cognitivas importantes, como a saúde mental e memória. Mudanças na duração e qualidade do sono prejudicam o desempenho cognitivo nas habilidades, como fluência verbal e memória. O desempenho cognitivo envolve diferentes domínios, como a atenção, concentração, memória e linguagem, ou seja, esse desempenho permite que a pessoa gerencie suas experiências e solucione problemas do cotidiano. 

Envelhecimento 

O envelhecimento da população é uma preocupação constante, porque está associado ao aumento de doenças crônicas, como por exemplo, a incapacidade física, demência e declínio cognitivo. 

O sono e o desempenho cognitivo sofrem prejuízos com o envelhecimento, caracterizado pela diminuição do sono, além do desempenho cognitivo que acaba diminuindo. 

Nesse contexto, destacam-se os estudos que se interessam por fatores associados e potencialmente modificáveis como os socioeconômicos, comportamentais e de saúde. Entre esses fatores está o sono, que tem sido relacionado com o desempenho cognitivo.

Estudo ELSA-Brasil

O Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) foi baseado em um corte formado por servidores públicos ativos e aposentados de seis capitais brasileiras. Foram incluídos 7.248 participantes, na faixa etária de 55 e 79 anos, sendo 55,2% formado por mulheres. Durações menores ou maiores que sete horas de sono foram associados ao pior desempenho nas habilidades cognitivas. 

Esses resultados — que sugerem que durações maiores ou menores que cerca de sete horas do sono foram prejudiciais para todas as funções cognitivas investigadas — foram semelhantes tanto para adultos de meia idade quanto para idosos. 

O estudo busca gerar evidências e contribuir para protelar ao máximo o início do declínio cognitivo, e busca favorecer o envelhecimento saudável. 

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