A erisipela é uma infecção de pele causada por bactérias, que afeta a camada mais superficial da pele e costuma ocorrer com frequência nas pessoas com mais de 50 anos que sofrem de doenças de pele, diabetes não controlada ou obesidade.

Ela é causada pela bactéria Streptcoccus pyogenes, capaz de penetrar na pele por meio de feridas ou lesões e causa sintomas, como: feridas inflamadas, vermelhas e dolorosas na pele, principalmente, nos braços, rosto ou pernas. Essa bactéria pode causar ainda uma forma mais grave da doença, a erisipela bolhosa, que provoca feridas com bolhas contendo líquido marrom, amarelo ou transparente. 

A doença tem cura quando o tratamento é feito rapidamente com antibióticos que devem ser orientados pelo dermatologista ou clínico geral; vale lembrar que, há casos, em que a doença pode surgir novamente ou tornar-se crônica, dificultando o tratamento. 

Sintomas de erisipela

Entre os sintomas mais comuns estão: 

Pele inchada e brilhante;

Lesões em placas vermelho vivo;

Manchas vermelhas grandes com bordas elevadas e irregulares;

Sensação de queimação na região afetada;

Aumento da sensibilidade na pele;

Aumento da temperatura da pele em torno da lesão;

Coceira no local afetado;

Feridas vermelhas na pele, inflamadas e dolorosas;

Bolhas na pele;

Escurecimento da região afetada, nos casos mais graves.

Sintomas, como mal-estar, dor de cabeça, náusea e vômitos surgem 48 horas antes do aparecimento das lesões na pele. Se a lesão não for tratada de maneira rápida, é possível que as bactérias acumulem pus, necrose da pele, atingindo a circulação sanguínea, causando uma infecção generalizada. 

Sempre que os sintomas surgirem, é necessário consultar o dermatologista ou clínico geral para que o tratamento mais adequado seja iniciado. 

A erisipela é contagiosa?

Em determinados casos, quando a erisipela não é tratada adequadamente e o paciente tem feridas abertas, a bactéria passa a ser transmitida para outras pessoas pelo contato direto com a ferida, roupas ou objetos contaminados. 

 

 

Diagnóstico da erisipela

O diagnóstico é realizado pelo clínico geral ou dermatologista, por meio dos sintomas, histórico de saúde e infecções, exame físico da pele, além da avaliação de rachaduras, feridas ou descamação na pele. 

Em casos de suspeita de infecção generalizada, o médico pode solicitar exames de sangue, como hemocultura, para identificar qual bactéria está causando a infecção. Há a possibilidade ainda, de solicitação de biópsia. 

Causas da erisipela

A principal causa da erisipela é a infecção por bactérias que normalmente colonizam o corpo, como Streptcoccuspyogenes, também conhecida como Estreptococo beta-hemolítico do grupo A, estreptococos do grupo B, ou Staphylococcus aureus, por exemplo, que podem penetrar na pele ou nas mucosas através de alguma lesão ou ferida. 

Existem fatores que podem aumentar o risco de desenvolvimento da erisipela, como:

Feridas na pele;

Escaras;

Picada de inseto;

Mordidas;

Arranhões;

Úlcera venosa crônica;

Feridas cirúrgicas;

Eczema;

Impetigo;

Psoríase;

Frieira ou pé de atleta;

Onicomicose;

Obesidade;

Diabetes não controlada;

Obstrução ou insuficiência linfática;

Insuficiência venosa;

Fístula arteriovenosa;

Mastectomia radical;

Uso de drogas de abuso venosas.

A erisipela é mais comum em pessoas com sistema imune enfraquecido ou que sofram de má circulação. 

Tratamento

O tratamento da erisipela precisa ser feito com orientação do dermatologista ou clínico geral. Geralmente, o uso de antibióticos, na forma de comprimidos são os mais indicados. 

Em casos de lesões graves, pode ser necessária uma abordagem cirúrgica onde vai ser removido, drenado áreas de pele morta e pus.

Cuidados durante o tratamento

Tomar alguns cuidados, durante o tratamento, faz toda a diferença. Confira: 

Repousar e manter-se bem hidratado, bebendo bastante líquido;

Manter o membro afetado, caso a doença surja nas pernas ou nos braços, o que facilita o retorno venoso e diminui o inchaço;

Tomar os remédios nos horários corretos indicados pelo médico;

Não interromper o tratamento, sem que tenha sido orientado pelo médico;

Evitar tomar remédios por conta própria, sem indicação médica;

Evitar colocar na região pomadas caseiras ou outras substâncias não indicadas pelo médico, pois podem atrapalhar o tratamento e até piorar a lesão;

Utilizar um hidratante na pele, indicado pelo médico;

Manter a pele limpa e seca, lavando água e sabonete indicado pelo médico, e secando bem com uma toalha limpa e macia;

Usar meias de compressão indicadas pelo médico, após o término do tratamento.

 

 

 

 

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