O lipedema é um acúmulo anormal de gordura na região das pernas e braços. A gordura característica do lipedema é marcada por fibrose, aspecto de “casca de laranja” e por ter um acúmulo de nódulos parecidos com celulites e não responde aos esforços, como dieta e exercícios físicos.
No ano de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez o reconhecimento do lipedema como doença distinta e, em 2022, o problema foi incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID-11). Tal inclusão auxilia no diagnóstico padronizado, planejamento de políticas de saúde e auxilia na busca por avanços nos cuidados da doença.
Geralmente, o quadro clínico é composto por cinco estágios diferentes que variam conforme a intensidade. Na medida que a condição vai avançando, a pessoa sofre com os efeitos mais intensos tendo a saúde física e mobilidade comprometidas, além da alteração na aparência corporal.
Entre os sintomas estão: alterações como nódulos na coxa que parecem com celulite, apagamento do contorno natural dos joelhos, formato da “perna ampulheta” que tem gordura acumulada abaixo do joelho, dor, sensação de pernas pesadas, hematomas frequentes, marcas na pele causadas pela má circulação.
A doença é nova porque ainda faltam respostas importantes sobre como é o funcionamento da condição. Ela reage de forma negativa aos processos inflamatórias. Além disso, alimentação composto por muito açúcar, gorduras e ultraprocessados, sedentarismo e alto consumo de álcool pioram o quadro, já que estes hábitos aumentam a produção de substâncias inflamatórias no corpo.
O lipedema traz impactos concretos aos corpos das mulheres, já que a gordura do lipedema afeta bastante o sistema linfático. Este sistema funciona como um encanamento que drena os líquidos dos tecidos para o coração, por isso, quando este ele fica sobrecarregado podem aparecer complicações.
As articulações também podem sofrer consequências devido o problema. O peso exagerado nas pernas leva ao desgaste da cartilagem, frouxidão ligamentar, alterações na pisada e deformidade nos joelhos.
Além dos problemas físicos, é comum que pacientes com lipedema sofram problemas relacionados à saúde mental, como baixa autoestima, ansiedade e depressão. Além disso, estudos mostram que pacientes com lipedema frequentemente enfrentam desafios relacionados à saúde mental, incluindo baixa autoestima, depressão e ansiedade.
Diagnóstico
Pode ser solicitado um ultrassom venoso com doppler para identificar doenças venosas, como varizes, que são bastante comuns nos pacientes com lipedema. A densitometria corporal pode ser usada para avaliar a composição do corpo, separando massa magra, gorda e a densidade óssea.
Em consulta médica, é avaliado o tempo da queixa de desproporção na distribuição da gordura do corpo e a dificuldade em reduzir esta gordura. Relação deste quadro com mudanças hormonais, como ganho de peso, gravidez e primeira menstruação também são avaliadas.
Tratamento do lipedema
A principal forma de tratamento é focar em alimentos menos processados e atividade física para diminuir a inflamação. Além disso, drenagem linfática e meias de compressão são ótimas estratégias para reduzir o inhaço e sensação de peso nas pernas. Mas os resultados são limitados e apenas auxiliam no controle dos sintomas.
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