Ainda que pareçam menos prejudiciais do que os cigarros tradicionais, os cigarros eletrônicos conhecidos como “vapes” estão longe de ter benefícios. Para se ter ideia, eles liberam mais de 80 substâncias nocivas, como metais pesados, compostos orgânicos voláteis e nicotina que são altamente prejudiciais à saúde. Além da dependência causada, essas substâncias aumentam o risco de câncer; é como se a pessoa estivesse inalando um coquetel cheio de produtos químicos. 

A fumaça do cigarro possui uma mistura de gases e partículas que afetam os sistemas do corpo. Fumar é a principal causa de doenças, como as cardiovasculares, câncer de pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica. Sem falar, no fumo passivo, que representa riscos significativos para pessoas que não fumam, como bebês, crianças, que são ainda mais vulneráveis aos efeitos da fumaça. 

Essa fumaça contém agentes cancerígenos que danificam o DNA das células do pulmão, causando crescimento celular desordenado e à formação de tumores. Está relacionado ainda ao aumento dos cânceres de garganta, laringe, bexiga, rim, pâncreas e boca. Fumar causa a formação de placas nas artérias, aumenta o nível da pressão e o de doenças cardiovasculares, como o AVC, infarto do miocárdio e doença arterial periférica. 

Para se ter noção, o tabagismo é um grave problema de saúde pública. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2023, o cigarro é responsável por 160.000 mortes todos os anos no Brasil. 

Formas de abandonar o vício

Existem tratamentos eficazes que combinam apoio comportamental e suporte de medicamentos. Programa de aconselhamento estruturado, com psicólogos, e apoio médico com medicamentos, como a bupropiona e a reposição de nicotina através dos adesivos são muito úteis para ajudar as pessoas que desejam vencer o vício. 

Abandonar o cigarro, seja ele tradicional ou eletrônico, é a melhor decisão que uma pessoa pode tomar para garantir uma vida mais saudável e longa. A curto prazo, nos primeiros dias, a pressão arterial e a frequência cardíaca voltam ao normal, a capacidade de sentir cheiros e sabores melhora. Depois, nas semanas seguintes, a falta de ar diminui, a tosse também, e a melhora na capacidade física dos exercícios. Entre um e dois meses, o sistema imunológico começa a se recuperar e o risco de infecções diminui. Após um ano, o risco de doenças cardíacas é reduzido pela metade em comparação com o de um fumante.

Depois de 5 anos, o risco de desenvolver os cânceres de boca, garganta, bexiga, esôfago diminui pela metade. Depois de 10 anos, essa redução também ocorre com o risco de câncer de pulmão. Diminui ainda, o risco de morte por câncer de pulmão. 

Após 15 anos, o risco de doença cardiovascular é semelhante ao de alguém que nunca fumou. O risco de infarto do miocárdio e AVC é reduzido a níveis de não-fumante.

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