Um problema que preocupa muitos médicos e enfermeiros é a lida com paciente com feridas que não se curam, conhecidas com feridas crônicas. Esta preocupação está relacionada ao maior risco que este paciente está exposto. Entre os mais aflitos estão aqueles com diabetes descompassada, ou descontrolada, onde o delicado equilíbrio dos mecanismos de cura do corpo é profundamente perturbado.
As feridas crônicas são um quebra-cabeça desconcertante para pacientes e profissionais médicos. Ao contrário das feridas comuns que cicatrizam por meio de um processo bem orquestrado envolvendo inflamação, proliferação celular e remodelação tecidual, as feridas crônicas parecem desconsiderar os mecanismos naturais de reparo do corpo. Em vez disso, eles duram semanas, meses ou até anos, deixando os indivíduos vulneráveis a infecções, dor e comprometimento da qualidade de vida.
Mas porque isso acontece?
O diabetes é uma condição médica crônica caracterizada por altos níveis de açúcar (glicose) no sangue. Estar com a glicose alta é ter, por efeito cascata, vários problemas e um deles é a incapacidade de promover a cura de feridas. Isto porque níveis elevados de açúcar no sangue causam estragos em vários processos fisiológicos, como: prejuízos na circulação sanguínea, inibição de resposta imune e perturbação da função nervosa.
O resultado de toda esta “desregularem” do organismo é que mesmo pequenos cortes e escoriações podem se transformar em feridas duradouras que desafiam o tratamento convencional. A circulação sanguínea prejudicada decorrente do diabetes descontrolado restringe o fluxo de oxigênio e nutrientes para o local da ferida, privando-o dos recursos necessários para uma cicatrização eficiente.
Em casos de um diabetes plenamente descontrolado por muitos anos, problemas ainda mais complexos podem surgir como a gangrena, necrose tecidual e até mesmo amputações de membros podem resultar de diabetes descontrolado combinado com feridas crônicas.
Já tenho diabetes. Como faço para que isso não ocorra comigo?
Lidar com essa situação exige uma abordagem multifacetada. Ou seja, você precisa gerenciar de forma abrangente o seu diabetes. Isto é primordial para boa saúde de forma geral. Para isso, é necessário um controle vigilante do açúcar no sangue por meio de medição diária da glicemia, dieta, medicação, atividade física, em especial a musculação e ajustes gerais no estilo de vida.
Além disso, a conscientização e a educação do público também desempenham um papel crucial na prevenção de feridas crônicas. É necessário que o grande público passe a reconhecer as consequências potenciais do diabetes descontrolado e a importância do tratamento oportuno de feridas pode capacitar os indivíduos a cuidar de sua saúde e procurar atendimento médico imediatamente.
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