O HIV é uma IST (infecção sexualmente transmissível) que ataca e compromete o sistema imunológico. Quando as pessoas vivem com HIV ou Aids (doença causada pelo vírus) e não se tratam, além de transmitirem o vírus para outras pessoas, elas têm o risco aumentado de diversas complicações de saúde.
Nesse sentido, é fundamental fazer os testes para confirmar ou não a doença, ajudando a proteger outras pessoas e aumentando suas expectativas de vida. Segundo o Ministério da Saúde, a recomendação é que, caso uma pessoa passe por uma situação de risco, como sexo desprotegido ou compartilhado seringas, o teste anti-HIV deve ser realizado.
No Brasil, há dois tipos de testes que podem ser realizados:
-Exame laboratorial: exame de sangue, feito por uma picada no dedo ou retirando o sangue em uma veia do braço. Essa amostra é enviada para um laboratório, onde será processada e analisada. O resultado mostrará presença ou não dos anticorpos para o vírus.
-Teste rápido de HIV: envolve a retirada de sangue, obtida através de uma picada no dedo. Essa amostra é aplicada em um dispositivo com anticorpos que reagem ou não, à presença do HIV no sangue do paciente.
Os testes podem ser realizados gratuitamente, pelo SUS, nas unidades da rede pública e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Nesses centros, além da testagem, é também feito o aconselhamento para ajudar o paciente.
Quem deve fazer o teste de HIV?
Pessoas entre 13 e 64 anos devem fazer o teste de HIV como forma de garantir seus cuidados de saúde rotineiros. O teste precisa ser realizado uma vez por ano nessas situações:
-Homens que fazem sexo com outros homens;
-Em caso de sexo anal ou vaginal com alguém com HIV;
-Caso a pessoa tenha tido mais de um parceiro sexual desde o último teste de HIV;
-Se compartilhou agulhas, seringas ou outros;
-Profissionais do sexo;
-Se uma pessoa foi diagnosticada ou tratada para outra infecção sexualmente transmissível, hepatite ou tuberculose;
Quando um teste de HIV pode dar falso negativo?
É possível que um teste dê negativo durante a chamada “janela imunológica”, período entre a exposição ao agente infeccioso e a produção de anticorpos suficientes para serem detectados. De acordo com o Ministério da Saúde, a janela imunológica é de 30 dias, mas esse período pode variar conforme a reação do organismo.
Ou seja, se a pessoa faz o teste durante o período da janela imunológica, existe a possibilidade de gerar um resultado negativo ainda que a pessoa esteja infectada pelo vírus HIV.
Mesmo em testes com resultados negativos em que o caso de suspeita permaneça, a testagem deve ser repetida após 30 dias. É importante afirmar ainda que, mesmo durante o período de janela imunológica, o vírus HIV pode ter sido transmitido.