O tabagismo é o hábito nocivo de consumir cigarros ou usar dispositivos – como cigarros eletrônicos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o tabagismo uma pandemia, já que ele é a causa de morte principal e evitável, mundialmente, causando 8 milhões de óbitos por ano.
Para se ter uma ideia, mais de 50 tipos de doenças podem ser causadas pelo tabagismo. Câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias. A seguir, listamos como o hábito de fumar causa problemas de saúde:
Câncer – o uso do tabaco é responsável por 25% de todas as mortes por câncer no mundo. Fumantes têm dez vezes mais chances de desenvolver câncer de pulmão, que possui cerca de 30 mil novos casos ao ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Fumar também é o principal fator de risco de cânceres nas regiões como boca, língua, faringe e laringe. É possível que o fumo cause também câncer na traqueia, esôfago, pâncreas, rim, fígado, entre outros.
Doenças cardiovasculares – quem fuma tem até quatro vezes mais possibilidades de ter infarto, angina, AVC, aterosclerose e pressão alta. Isso porque a fumaça do tabaco favorece a formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos e o desenvolvimento de coágulos, o que restringe o fluxo do sangue.
Doenças respiratórias – o tabagismo é responsável por cerca de 80% dos casos de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), considerada a segunda causa de mortalidade no mundo. Estima-se que um a cada cinco tabagistas desenvolverão DPOC. Além disso, a temperatura elevada da fumaça causa lesões nas vias respiratórias, podendo desencadear e/ou agravar doenças.
Outros problemas respiratórios causados ou agravados pelo cigarro são: asma; enfisema pulmonar; bronquite crônica; rinite.
Outros problemas de saúde – O hábito de fumar contribui para: infertilidade; impotência sexual; problemas de saúde bucal, como mau-hálito e doença periodontal; catarata;úlcera gástrica, entre outros.
Tratamento do tabagismo
Pessoas que sofrem com esse hábito nocivo podem e devem buscar tratamento. É preciso oferecer ao paciente um novo comportamento em relação ao vício, desvinculando comportamentos que engatilhem o ato de fumar. As abordagens do tratamento podem ser:
Apoio com psicólogo – ter apoio de um profissional que possa ouvir questões emocionais e como lidar com elas da melhor forma é essencial.
Medicamentos – visam diminuir os sintomas da abstinência de nicotina, como dor de cabeça, irritabilidade, ansiedade e dificuldade de concentração.
Terapia em grupo – para os pacientes que se sentem acolhidos ao fazer parte de um grupo de pessoas que passam por situações semelhantes, a terapia em grupo pode ser uma importante aliada no abandono do cigarro.
É preciso que o tratamento seja individualizado, pois cada pessoa tem sua própria relação com o vício, assim como os gatilhos que a motivam fumar, dificuldades com abstinência e outras particularidades.