Vacinar é um ato de afeto com seu corpo e o corpo de quem você ama, mas este simples ato de proteção à saúde tem enfrentado, especialmente depois da pandemia de COVID-19, grandes ataques de desinformação e calúnias. Hoje, dia 17 de outubro, Dia Nacional da Vacinação, vamos entender melhor porque a vacina é tão importante de forma individual e coletiva?
Enquanto o mundo enfrentava a pandemia em curso, o Brasil fazia avanços significativos em sua campanha de vacinação contra a COVID-19, mesmo em meio a grandes polêmicas no meio político e uma espécie de delírio coletivo de desconfiança por uma parcela da população. Isto porque o país é referencia mundial quando o tema é vacinação.
No Brasil o Programa Nacional de Imunizações do Brasil ajudou a eliminar doenças como o sarampo, rubéola e rubéola congênita. No entanto, infelizmente em 2019, o país perdeu a certificação de “País livre do vírus do sarampo”, dando início a novos surtos. Isto porque se um indivíduo decide sozinho que não precisa tomar uma vacina, ele arrisca não só sua própria saúde, mas a saúde coletiva do lugar onde vive. Vacinação é um “pacto” coletivo cidadão.
O poder da vacinação: uma perspectiva global
A vacinação há muito é aclamada como uma das ferramentas mais eficazes na saúde pública. Tem sido fundamental na erradicação de doenças mortais, como a varíola e a poliomielite, ao mesmo tempo em que reduz significativamente o fardo de doenças como o sarampo, a papeira e a rubéola. A pandemia de COVID-19, por exemplo, sublinhou mais uma vez a importância das vacinas na salvaguarda da saúde pública.
A vacinação não só protege os indivíduos contra doenças, mas também contribui para a imunidade coletiva. Quando uma parte significativa da população é vacinada, a propagação de doenças infecciosas é reduzida, protegendo aqueles que podem não poder receber vacinas por razões médicas ou idade. É um esforço coletivo que depende de cada pessoa fazer a sua parte para proteger a si mesma e à sua comunidade.
Apesar dos benefícios evidentes da vacinação, o Brasil, como muitos outros países, enfrenta desafios de hesitação vacinal. A desinformação, a desconfiança e as preocupações sobre a segurança das vacinas levaram algumas pessoas a hesitar ou a recusar a vacinação. Os especialistas em saúde pública e os profissionais de saúde continuam a trabalhar incansavelmente para dissipar mitos, fornecer informações precisas e incentivar a adoção de vacinas.
Mas o problema tem crescido. Segundo dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal da população vem despencando. Em 2019, 73% da população estava imunizada, em 2020 67%, em 2021 registrou-se menos de 59% dos cidadãos imunizados. O patamar preconizado pelo Ministério da Saúde é de 95%.
Mas apesar dos problemas enfrentados, a vacinação permanece como um farol de esperança e uma ferramenta vital na luta do Brasil contra doençasproblemáticas. O progresso alcançado na distribuição e administração de vacinas é uma prova de compromisso, mas também esperança de um futuro.