Três dicas fundamentais para cuidados comentes queridos com demência

O Brasil tem atualmente ao menos 1,76 milhão de pessoas com alguma forma de demência, a informação é parte de uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e publicada no Journal ofGerontology. O estudo ainda faz uma projeção que, até 2050, casos da doença pode aumentar ainda mais considerando o envelhecimento da população e podem chegar a 5,5 milhões casos.

A demência é uma condição desafiadora e muitas vezes dolorosa que afeta milhões de indivíduos e suas famílias em todo o mundo. É um termo genérico para uma série de deficiências cognitivas, sendo a mais comum a doença de Alzheimer. A demência rouba gradualmente os indivíduos, suas memórias, capacidades cognitivas e até mesmo as suas identidades. Para lidar com isso a família precisa se preparar, ajustar melhor o funcionamento da casa onde o paciente mora e até se preparar psicologicamente também. 

A primeira coisa que se precisa entender é que a demência não é uma parte normal do envelhecimento, mas um distúrbio neurológico complexo que afeta a memória, o pensamento, o comportamento e a capacidade de realizar tarefas diárias. Os sintomas podem incluir esquecimento, confusão, alterações de humor e dificuldade de comunicação. À medida que a doença progride, os indivíduos podem perder a capacidade de reconhecer os entes queridos, de realizar tarefas básicas de autocuidado e tornar-se cada vez mais dependentes de outras pessoas.

Por isso, é essencial que a família este ciente sobre as demandas de cuidados que envolve um paciente com demência. O cuidado, o carinho, a paciência serão parte da rotina de cuidado de entes queridos que são acometidos por este problema. Abaixo listaremos três dicas para cuidados básicos quefamiliares devem ter.

1. Ambiente seguro – é interessante que se analise a casa onde o paciente com demência mora, isto porque será necessário que se remova riscos em potenciais, como algo que faça tropeçar, proteger objetos pontiagudos e instale corrimãos para evitar acidentes. Pode parecer extremos, mas é importante que se considere o uso de fechaduras ou alarmes nas portas para evitar desvios.

2. Rotina – Pessoas com demência muitas vezes sentem-se mais seguras e confortáveis com uma rotina diária previsível. Desta forma é importante que se estabeleça horários regulares para as refeições, banhos e até para a hora dedormir.

3. Paciência – A demência pode levar a perguntas e comportamentos repetitivos. Então quem cuida ou qualquer outro familiar que tenha contato com o paciente, precisa sercompreensivo, pois essas ações não são intencionais, mas sim consequência da doença.

Cuidar de um ente querido com demência é sem dúvida um desafio, mas com o conhecimento O mais importante é oferecer a estas pessoas, amor e a dignidade que merecem.

Entenda o que a Síndrome Compartimental Crônica e saiba como cuidar

Imagine que você, uma pessoa jovem, que gosta de praticar uma corrida na rua, pois se sente muito bem e se esforça ao máximo de suas capacidades físicas para ter bom desempenho, começa a sentir uma dor particularmente estranha nas pernas. Saiba que pode ser Síndrome Compartimental Crônica (SCC). É que esta síndrome ocorre com mais frequência em pessoas que praticam a corrida de rua. Ela se caracteriza como uma doença muscular e nervosa que causa dor, fraqueza e até dormência.

A Síndrome Compartimental Crônica (SCC) é uma condição que muitas vezes passa despercebida até se tornar um grande obstáculo na vida de uma pessoa. Ocorre quando a pressão num compartimento muscular do corpo aumenta, causando dor e redução do fluxo sanguíneo. Esses compartimentos são como mangas protetoras que envolvem músculos, nervos e vasos sanguíneos e, quando a pressão fica muito alta, pode impedir seu funcionamento normal.

Ela se desenvolve porque, durante a prática esportiva, há um aumento no suprimento do sangue que expande o músculo. Muitas pessoas que praticam estes esportes tem uma agenda de treinamento, mas em algumas situações, com o tempo, os movimentos repetitivos ao qual uma pessoa vai submetendo os músculos fazem com que eles inchem e pressionassem o revestimento fascialdos compartimentos, levando a um aumento da pressão. As causas comuns de CCS incluem atividade física intensa, uso excessivo de músculos ou lesões.

O primeiro sinal de CCS que muitas pessoas costumam notar é uma dor incômoda na parte inferior da perna, muitas vezes descrita como aperto ou pressão. Há também a sensação de fraqueza na perna afetada, dormência e até sensações de formigamento. Esses sintomas são formas de o corpo sinalizar que algo não estava certo.

Por isso, ao perceber os primeiros sintomas, é imprescindível que se procure um especialista para o diagnóstico e tratamento corretos. Reconhecer os sinais e sintomas da SCC é crucial, pois a intervenção precoce pode prevenir complicações adicionais. 

Se você já sentiu algo parecido com o que já foi relatado até aqui, consulte um profissional de saúde especializado. Eles realizarão uma avaliação completa, que pode incluir a medição da pressão compartimental, por exemplo. Além disso, buscar ajuda de um fisioterapeuta também é importante na recuperação. Por meio de exercícios direcionados, alongamento e massagem profunda, um paciente com SCC consegue recuperar a força e a flexibilidade dos músculos afetados. O descanso é também etapa necessária para uma boa recuperação. 

Em casos mais graves, quando os tratamentos conservadores falham, a intervenção cirúrgica pode ser necessária. Um procedimento cirúrgico que envolve fazer incisões na fáscia para liberar pressão e pode proporcionar alívio é a fasciotomia, mas a cirurgia, é importante destacar, ocorre em quadros avançados.

A melhor e dica principal, no entanto, é sempre ter uma boa rotina saudável e buscar ajuda médica sempre que perceber algo incomum. A UnifísioSaúde pode ajudar. Temos médicos e fisioterapeutas especializados neste tipo de atendimento. Marque uma consulta conosco.

Saiba o que são feridas crônicas, problema que assombra pacientes com diabetes descontrolado

Um problema que preocupa muitos médicos e enfermeiros é a lida com paciente com feridas que não se curam, conhecidas com feridas crônicas. Esta preocupação está relacionada ao maior risco que este paciente está exposto. Entre os mais aflitos estão aqueles com diabetes descompassada, ou descontrolada, onde o delicado equilíbrio dos mecanismos de cura do corpo é profundamente perturbado.

As feridas crônicas são um quebra-cabeça desconcertante para pacientes e profissionais médicos. Ao contrário das feridas comuns que cicatrizam por meio de um processo bem orquestrado envolvendo inflamação, proliferação celular e remodelação tecidual, as feridas crônicas parecem desconsiderar os mecanismos naturais de reparo do corpo. Em vez disso, eles duram semanas, meses ou até anos, deixando os indivíduos vulneráveis a infecções, dor e comprometimento da qualidade de vida.

Mas porque isso acontece?

O diabetes é uma condição médica crônica caracterizada por altos níveis de açúcar (glicose) no sangue. Estar com a glicose alta é ter, por efeito cascata, vários problemas e um deles é a incapacidade de promover a cura de feridas. Isto porque níveis elevados de açúcar no sangue causam estragos em vários processos fisiológicos, como: prejuízos na circulação sanguínea, inibição de resposta imune e perturbação da função nervosa.

O resultado de toda esta “desregularem” do organismo é que mesmo pequenos cortes e escoriações podem se transformar em feridas duradouras que desafiam o tratamento convencional. A circulação sanguínea prejudicada decorrente do diabetes descontrolado restringe o fluxo de oxigênio e nutrientes para o local da ferida, privando-o dos recursos necessários para uma cicatrização eficiente.

Em casos de um diabetes plenamente descontrolado por muitos anos, problemas ainda mais complexos podem surgir como a gangrena, necrose tecidual e até mesmo amputações de membros podem resultar de diabetes descontrolado combinado com feridas crônicas.

Já tenho diabetes. Como faço para que isso não ocorra comigo?

Lidar com essa situação exige uma abordagem multifacetada. Ou seja, você precisa gerenciar de forma abrangente o seu diabetes. Isto é primordial para boa saúde de forma geral. Para isso, é necessário um controle vigilante do açúcar no sangue por meio de medição diária da glicemia, dieta, medicação, atividade física, em especial a musculação e ajustes gerais no estilo de vida.

Além disso, a conscientização e a educação do público também desempenham um papel crucial na prevenção de feridas crônicas. É necessário que o grande público passe a reconhecer as consequências potenciais do diabetes descontrolado e a importância do tratamento oportuno de feridas pode capacitar os indivíduos a cuidar de sua saúde e procurar atendimento médico imediatamente.

Agosto Dourado: entenda os benefícios da amamentação

Em um mundo de tendências de saúde em constante evolução, uma prática atemporal continua forte como pilar do bem-estar materno e infantil: a amamentação. A amamentação é de extrema importância para a nutrição infantil e proporciona um vínculo único entre mãe e filho. Falando nisso, agosto é mês da campanha “Agosto Dourado” que promove o aleitamento materno. Vamos entender a campanha e porque este ato é cada vez mais importante para a saúde dos bebês e das mamães.

Antes de qualquer coisa é preciso entender que o leite materno é uma obra-prima da natureza, meticulosamente projetado para atender a todas as necessidades do bebê. Ele é repleto de nutrientes essenciais, anticorpos e enzimas, é um pacote completo que apoia o sistema imunológico do bebê.

Além disso, amamentar não é apenas o ato de alimentar; é uma conexão profunda entre uma mãe e seu filho. Atualmente a ciência já compreende que este ato cria conexões emocionais profundas entre mãe e filho, assim como estimula o crescimento de sentimentos entre eles.

Mas a amamentação no Brasil não era algo tão popular. Na década de 80, por exemplo, o percentual de crianças brasileiras com menos de 6 meses alimentadas exclusivamente com leite materno não passava de 3%. Somente 40 anos depois, este percentual chegou aos 46%, de acordo com o Ministério da Saúde.

Campanhas como o Agosto Dourado foi criada, na década de 90, pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação, também fazem parte desta mudança cultural sobre concepção a respeito da amamentação.

Mas porque incentivar amamentação se é um ato tão natural? É um ato natural, porém o aleitamento materno precisa de uma rede de apoio. Há mulheres que apresentam dores no ato, há a questão da volta ao trabalho, falta de apoio paterno e até falta de conhecimento sobre a ‘pega correta’ que é o ato em si de como colocar o bebê para sugar o peito.

No Brasil, por meio da Lei nº 13.435/2.017, que determina a intensificação de ações de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno, o mês de agosto vem recheado de atividades que o Ministério da Saúde promove. As atividades são diversas e podem atravessar vários campos sociais, tais como: realização de palestras, divulgação da campanha pelas mídias, reuniões comunitárias e, em algumas cidades, até iluminação de espaços com a cor dourada.

Por isso a Campanha Agosto Dourado é tão respeitável ao redor do mundo, pois ela promove a conscientização pela importância do aleitamento, explicando sobre saúde, higiene, boas prática alimentares, desnutrição e redução da mortalidade infantil.

Saiba para que serve a traqueostomia e como se dá o atendimento ao paciente

A traqueostomia surgiu na medicina como salvação para indivíduos que lutam contra desafios respiratórios críticos. Ela envolve a criação de uma via aérea artificial através do pescoço até a traqueia. Essa intervenção permite uma rota direta para o oxigênio atingir os pulmões, em muitos casos ressuscitando pacientes que, de outra forma, teriam dificuldade para respirar. Vamos entender melhor sobre este procedimento médico?

Para iniciar, vamos entender quando este tipo de intervenção é realmente necessária. Por exemplo, em casos de paciente que possuem tumores de laringe ou quando passam por cirurgias na região do pescoço. Como a traqueostomia facilita a chegada do ar aos pulmões quando o trajeto natural está bloqueado, esta é uma das formas de salvar a vida de pessoas que se encontram neste quadro de saúde.

Claro que há outros tipos de paciente que vão precisar da traqueostomia, são eles os pacientes com distúrbios neuromusculares, como esclerose lateral amiotrófica, distrofia muscular ou síndrome de Guillain-Barré, são os principais candidatos a traqueostomias quando seus músculos respiratórios enfraquecidos ameaçam sua própria sobrevivência.

Empatia

A jornada de um paciente traqueostomizado vai muito além da sala de cirurgia. Uma abordagem multidisciplinar envolvendo profissionais de saúde, cuidadores e os próprios pacientes são indispensáveis para garantir seu bem-estar ideal. A Unifísio Saúde está preparada para realizar o atendimento a este paciente e promover sua qualidade de vida.

Nossa equipe especializada gerencia todos os cuidados para a manutenção da traqueostomia. Isso é extremamente importante para a boa saúde de um paciente nesta condição.

Vamos então deixar mais claro que tipo de atenção é necessária e prevista para o cuidado de pessoas traqueostomizadas:

– Limpeza e troca da cânula diariamente conforme orientação da equipe de enfermagem, isto e necessário para prevenirem infecções e irritações da pele;

– Procurar ajuda especializada imediatamente diante do entupimento ou saída acidental da cânula. Aspirar as vias aéreas para remover secreções, garante o fluxo de ar desobstruído. Além disso, a umidificação adequada e a regulação da temperatura do ar inalado são vitais para prevenir irritações e desconfortos;

– Apoio à saúde mental também faz parte deste processo. O bem-estar emocional dos pacientes com traqueostomia não pode ser subestimado. Adaptar-se à vida com uma traqueostomia pode ser assustador, por isso o apoio psicológico é essencial para a recuperação geral do paciente.

Entenda o papel vital da enfermagem no tratamento de feridas

Quando qualquer pessoa se machuca, é algo automático querer cuidar e tratar, mesmo que seja algo superficial. Isso é algo natural para todo ser humano e trata-se de papel crucial para facilitar o processo de cicatrização e prevenir complicações. O curativo adequado não apenas protege a ferida de contaminantes externos, mas também cria um ambiente para a regeneração. No entanto, alcançar o tratamento ideal de feridas específicas requer mais do que apenas conhecimento básico; necessita de uma equipe especializada. Por isso, vamos nos aprofundar na importância dos curativos no tratamento de feridas e destacamos o papel indispensável da enfermagem nesta área.

Os curativos servem como uma barreira protetora entre a ferida e o ambiente externo. Eles podem ser feitos de vários materiais, como gaze, espuma, hidrocolóides, filmes e hidrogéis, cada um adaptado a tipos específicos de feridas e estágios de cicatrização. A seleção adequada do curativo pode afetar significativamente o processo de cicatrização da ferida, minimizar a dor, reduzir o risco de infecção e melhorar o conforto do paciente.

Embora as técnicas básicas de curativos possam ser administradas por vários profissionais de saúde, o manejo de feridas complexas exige uma abordagem multidisciplinar liderada por uma equipe especializada. Essas equipes geralmente consistem em enfermeiras, médicos, cirurgiões e, outros especialistas. Eles trabalham em colaboração para desenvolver planos de tratamento personalizados com base nas características da ferida, no histórico médico do paciente e na saúde geral.

Seleção e Aplicação de Curativos

Na Unifísio Saúde quem lidera esta atividade é a Enfermagem. É esta equipe que pode avaliar e dar diagnóstico sobre como uma ferida deve ser tratada. São também estes profissionais que fazem a seleção das aplicações dos curativos necessários.

Com os mais recentes avanços em produtos para tratamento de feridas, a enfermagem visa selecionar o curativo mais adequado para as necessidades exclusivas de cada paciente. Eles aplicam curativos considerando fatores como tamanho da ferida, profundidade e até níveis de conforto do paciente.

 “O enfermeiro não só trata da lesão em si como também avalia todo o ambiente no qual o paciente está, avaliando seus cuidados básicos, como também alimentação e uso de medicações”, explica a enfermeira da Unifísio Saúde, Marianna Passos.

Marianna destaca também outro ponto importante com relação aos curativos, especialmente em paciente em situação delicada. Ela explica que é o papel do profissional da enfermagem também ser educador de familiares e cuidadores.

“Esta orientação é feita onde é observado carência de informação e cuidados básicos. É orientado sobre a importância do processo para se obter um resultado favorável e o mais rápido possível”, finaliza.

Entenda como a fonoaudiologia homecare fortalece a saúde de pacientes traqueostomizados ou alimentados por sonda

O tratamento domiciliar, ou homecare, deu aos pacientes a possibilidade de ter um atendimento cada vez mais individualizado e exclusivo no conforto de casa. Com a fonoaudiologia, acontece o mesmo. Esta especialidade emergiu como uma ferramenta poderosa para melhorar as habilidades de comunicação e deglutição de pacientes que enfrentam diversos desafios. Vamos entender melhor a importância desse tipo de atendimento em casa.

Apesar de a mudança para o tratamento domiciliar abrir novas oportunidades para os pacientes acessarem os cuidados de maneira mais personalizada e conveniente, não significa dizer que há outra forma de cuidar de paciente, o que existe na verdade, é um atendimento cada vez mais personalizado. A fonoaudiologia domiciliar visa atender às necessidades únicas dos pacientes, permitindo-lhes continuar seu progresso na familiaridade de seu próprio ambiente.

“Na fonoaudiologia não existe uma técnica específica. O método que é feito no tratamento domiciliar são terapias que vão favorecer as funções orais seja ela a que estiver alterada a sucção, respiração, deglutição, mastigação, fala, voz”, explica a fonoaudióloga da Unifísio Saúde, Nathália Xavier.

Nathália que se especializou na reabilitação da deglutição, que é necessária em casos de pacientes que necessitam de alimentação por sonda, explica que o atendimento home care traz benefícios não só para o paciente, mas também para o profissional de saúde.

“Eu trabalho mais com a reabilitação da deglutição então eu não diria técnica eu diria que o que o que a terapia domiciliar me traz de benefício é porque eu consigo proporcionar ao meu paciente ele está no mesmo ambiente em que ele já tinha o hábito de se alimentar. Dou prioridade a alimentos de preferência alimentar dele, que tem uma memória uma memória gustativa para ele. Então assim eu consigo ativar mais conexões neurais. Os utensílios são que ele utilizava. Então assim ele acessa uma variabilidade do cardápio”, esclarece.

A alimentação por sonda, muitas vezes referida como nutrição enteral, é uma intervenção médica usada quando um paciente não pode consumir alimentos ou líquidos por via oral. O trabalho de um fonoaudiólogo entra quando se precisa avaliar a função de deglutição do paciente e elaboram exercícios personalizados para fortalecer os músculos envolvidos na deglutição.

Capacitando pacientes com traqueostomia

Para pacientes submetidos à traqueostomia, a comunicação pode se tornar um desafio significativo. A traqueostomia é um procedimento cirúrgico que cria uma abertura no pescoço para acessar a traqueia, permitindo que os pacientes respirem. No entanto, esse procedimento pode levar a dificuldades na fala e na voz, pois contorna as cordas vocais, responsáveis pela produção do som.

Neste caso, os fonoaudiólogos trabalham em estreita colaboração com indivíduos que foram submetidos à traqueostomia, empregando uma variedade de técnicas e estratégias para melhorar a vocalização e desenvolver meios alternativos de comunicação.

Com tudo apontado até aqui, podemos concluir que a fonoaudiologia em casa surgiu como uma modalidade de tratamento empoderadora, especialmente para pacientes submetidos à traqueostomia ou que dependem da alimentação por sonda. Ao promover habilidades eficazes de comunicação e deglutição, essa abordagem contribui significativamente para a saúde geral e a qualidade de vida desses pacientes.

Entenda o impacto da psicologia na assistência domiciliar e como isso fortalece o bem-estar de pacientes

O mundo está em constante transformação e várias destas mudanças têm sido debatidas na internet. A questão da saúde mental é um delas. O que antes era tabu, hoje é falado muito abertamente e isso fez com que muitas pessoas passassem a buscar ajuda de psicólogos, especialmente depois da pandemia de covid-19, que afetou milhões de pessoas de alguma forma. A psicologia em domicílio emergiu como um componente importante nos cuidados de vários tipos de pacientes. Por isso, vamos explorar a importância da psicologia no contexto da atenção domiciliar e como ela influencia positivamente a vida dos pacientes.

Homecare, como um conceito, refere-se à prestação de cuidados médicos e psicológicos dentro dos limites da casa de um paciente. Embora tenha sido tradicionalmente associada ao apoio à saúde física, a integração do cuidado psicológico provou ser inestimável na promoção de uma abordagem abrangente e centrada no paciente.

Um psicólogo que trabalha em atendimento domiciliar desempenha um papel fundamental na abordagem de vários problemas de saúde mental que os pacientes podem encontrar. Pacientes submetidos a tratamentos médicos domiciliares geralmente experimentam sofrimento emocional, ansiedade, depressão ou sentimentos de isolamento. Por isso, a presença do psicólogo no caso do atendimento home care é cada vez mais importante.

“O atendimento domiciliar, mais do que outros, tem que ser um atendimento empático, com comunicação transparente entre as partes, pois ambas devem se apoiar e trabalharem juntas em benefício do paciente e não só deles, mas de todos os profissionais e pessoas envolvidas nos seus cuidados e rotina. Pacientes em homecare costumam também ter atendimento multiprofissional, dessa forma o profissional da psicologia, assim como todos os outros (fisioterapeuta, fonoaudiólogo, enfermeiros, técnicos, nutricionista, médico, terapeuta ocupacional) devem ter entre si uma boa relação, com troca de informações e experiências”, explica a psicóloga da Unifísio Saúde Home Care, Kamyla Portela.

Outro ponto apontado pela especialista, é que uma das vantagens da psicologia na assistência domiciliar é a capacidade de reconhecer e apreciar as circunstâncias únicas de cada paciente. “O atendimento em home care é diferente do atendimento no consultório. Ele é um atendimento mais flexível e tende a se adaptar ao caso/necessidade de cada paciente”, acrescenta Kamyla.

Ao contrário dos ambientes clínicos tradicionais, onde os pacientes podem se sentir como apenas mais um caso, a psicologia domiciliar permite atenção e cuidados personalizados. Ao conhecer o paciente em seu ambiente doméstico, os psicólogos podem obter informações sobre seu estilo de vida, interações sociais e sistemas de apoio.

“Os pacientes que estão em home care vão desde pacientes sequelados a pacientes idosos com/ou não algum tipo de demência, passando também pelos pacientes que estão em cuidado paliativo. Dessa forma, o atendimento tem que se enquadrar para atender a demanda, demanda essa que vai desde estimulação cognitiva e de competências, como memória e atenção a ansiedade e depressão”, esclarece Kamyla Portela.

Essa abordagem personalizada permite que o psicólogo adapte intervenções e estratégias terapêuticas que se alinhem com as necessidades, preferências e objetivos individuais do paciente. O relacionamento resultante e a confiança estabelecida entre o paciente e o psicólogo contribuem significativamente para a eficácia do processo de tratamento.

Doença de Alzheimer: entenda o que é e quais os tratamentos

No final de julho foi destaque na mídia que o medicamento Brexpiprazol tem sido usado por médicos no Brasil para o tratamento Alzheimer. O remédio, na verdade é usado para tratar casos de esquizofrenia e tem sido usado off label, quando um medicamento é usado de maneira diferente do apontado por sua bula, para tratar agressividade causada por Alzheimer.

A verdade é que não há orientação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no caso deste medicamento para o tratamento de Alzheimer, há aprovação apenas para o cuidado de pacientes adultos com esquizofrenia. O tema abre então espaço para dúvidas sobre o tratamento real do Alzheimer. Por isso, vamos entender melhor sobre a doença e quais os tratamentos seguros existentes.

No Brasil, de acordo com informações do Ministério da Saúde, estima-se que existam 1,2 milhão casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico de pessoas com a Doença de Alzheimer. Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), esse número deve dobrar até 2050 se medidas preventivas não forem tomadas.

A doença de Alzheimer, é uma desordem neurológica progressiva e devastadora, emergiu como um importante desafio de saúde pública em todo o mundo, inclusive no Brasil. Com uma população que envelhece rapidamente, espera-se que a carga dessa doença cresça, tornando-se crucial compreender seu impacto e as opções de tratamento disponíveis.

A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa que afeta principalmente o cérebro, levando a um declínio nas habilidades cognitivas e perda de memória. É a forma mais comum de demência, representando aproximadamente 60-80% de todos os casos de demência. A causa exata da doença de Alzheimer não é totalmente compreendida, mas é caracterizada pelo acúmulo de depósitos anormais de proteínas (placas amilóides e emaranhados tau) no cérebro, levando à destruição gradual das células nervosas e desequilíbrios dos neurotransmissores.

Os estágios iniciais da doença de Alzheimer geralmente se manifestam como um leve esquecimento, mas à medida que a doença progride, os indivíduos podem ter dificuldades de comunicação, raciocínio e execução de tarefas diárias.

Tratamento

Embora não haja cura para a doença de Alzheimer, várias estratégias de tratamento visam retardar sua progressão, controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

O Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, oferece acesso a alguns medicamentos aprovados para Alzheimer, como inibidores da colinesterase (donepezil, galantamina e rivastigmina) e memantina. Essas drogas funcionam regulando os neurotransmissores no cérebro, o que pode melhorar temporariamente a função cognitiva e a memória.

Além dos medicamentos, há outras formas de cuidar destes pacientes. Com por exemplo, com programas de estimulação cognitiva, exercícios físicos e engajamento social. Tais técnicas tem demonstrado impactar positivamente as habilidades cognitivas e retardar a progressão dos sintomas.

O mais importante, em se tratando do Alzheimer é criar, em torno do paciente, um ambiente acolhedor e seguro para que o tratamento e sua vida social consigam andar juntos promovendo a esperança e o bem estar do paciente.

Entenda a importância dos cuidados paliativos para pacientes

Lidar com qualquer doença é muito difícil, mas esta tarefa pode ser ainda mais estressante quando se trata de problemas graves como câncer ou doença cardíaca, por exemplo. Para lidar com estas questões sensíveis que a essência dos cuidados paliativos é o bem-estar e o apoio ao paciente e sua família. Vamos entender porque estes cuidados são tão importantes.

O tema entrou em foco quando o ex-jogador de futebol Pelé, não respondia mais ao tratamento quimioterápico. E mais recentemente quando a cantora Rita Lee também passou a receber cuidados paliativos dias de morrer. Estes cuidados são uma forma especializada de apoio médico destinado a aliviar o sofrimento de pacientes que lidam com doenças graves.

Aliás, ao contrário dos tratamentos curativos, o objetivo principal dos cuidados paliativos é melhorar a qualidade de vida, proporcionando conforto físico, emocional e psicológico ao longo da jornada do paciente. Essa abordagem multidisciplinar envolve uma equipe de profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros, assistentes sociais e terapeutas, trabalhando de forma colaborativa para gerenciar sintomas, controlar a dor e otimizar o conforto geral do paciente.

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Mas como isso ocorre?

Imagine que um paciente tem um câncer em estágio avançado e ele não consegue mais realizar algumas tarefas por sentir dor, desconforto ou fraqueza. Os cuidados paliativos seriam um conjunto de ações integradas e aplicadas de forma estratégica, por equipe de saúde, conforme a necessidade do paciente.

Estas ações podem incluir uma combinação de medicamentos, fisioterapia e técnicas de relaxamento. Além disso, os cuidados paliativos abordam vários aspectos do bem-estar, como o controle de náuseas, falta de ar e fadiga, aumentando o senso de controle e independência do paciente.

Esta é a grande importância dos cuidados paliativos, porque abraça a filosofia da autonomia do paciente, permitindo que eles sejam participantes ativos em seus planos de cuidado.

Bem-estar e família

Importante destacar que estes cuidados não se restringem apenas a situações de fim de vida. Na verdade, podem ser empregado em qualquer fase de uma doença grave, atuando em conjunto com tratamentos curativos.

Além disso, os cuidados paliativos reconhecem que o bem-estar do paciente está profundamente ligado ao bem-estar de sua família. Os profissionais envolvidos nestes cuidados devem estender seu apoio também aos familiares, oferecendo orientação, cuidados temporários e aconselhamento para ajudá-los a enfrentar esse momento desafiador.